|
“Alagoas foi o primeiro estado a criar uma Secretaria de Defesa dos Direitos da Mulher, iniciativa que serviu de referência para ações semelhantes em outros estados. Além disso, nosso governo foi o que mais teve mulheres no comando de órgãos e secretarias, e com experiências extremante exitosas”. A afirmação é do candidato da Frente Popular por Alagoas ao governo do Estado, Ronaldo Lessa (PDT), que se reuniu nessa segunda-feira, 26, com as mulheres de pastores da Assembleia de Deus, acompanhado do vice Joaquim Brito (PT), dos candidatos ao Senado, Eduardo Bomfim (PCdoB) e Renan Calheiros (PMDB), e à Assembleia Legislativa, Jota Cavalcante (PDT).
Lessa destacou o papel importante que a mulher exerce na sociedade e reforçou a importância da candidatura de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. “Essa eleição tem um sentido muito especial para mim, pois é a primeira vez que o país tem a chance de eleger uma mulher como presidente. É a sociedade vista pela ótica da mulher. Esse foi um dos motivos que me fez desistir de ser senador para concorrer mais uma vez ao governo, aliado ao fato de que Dilma Rousseff representa a continuidade de um projeto de desenvolvimento com justiça social iniciado pelo presidente Lula”, disse.
Fez também uma referência ao seu vice Joaquim Brito, evangélico da Igreja Batista, e ao deputado Jota Cavalcante, membro da Assembleia de Deus, para destacar o crescimento da participação dos evangélicos, em especial da Assembleia, não só no seu partido, o PDT, como na coligação como um todo. “Muito me honra tem Joaquim Brito como meu vice”, disse. “A Assembleia sempre teve total acesso em meu governo e estou aqui para reforçar o compromisso de governar com o apoio direito de vocês não só nas eleições, mas também no governo”, completou.
Sobre a situação de abandono vivido pelos alagoanos, principalmente em setores primordiais como saúde, educação e segurança, Ronaldo Lessa disse que esta é a oportunidade que Alagoas tem de promover a mudança já iniciada no restante do país com Lula. “Alagoas foi o único estado que não conseguiu diminuir os seus índices de pobreza. O Brasil é o segundo país que mais cresce, só perdendo para a China, e nós estamos à margem desse crescimento”.
O candidato fez um breve retrospecto de seus mandatos como prefeito de Maceió e governador do Estado, com significativas conquistas. “Assumi a Prefeitura de Maceió em 93, completamente desestruturada, com um histórico de cinco prefeitos em quatro anos. Arrumamos a casa, saldamos dívidas e deixamos um cenário bem diferente para o sucessor. Já no governo, em 99, nos deparamos com um estado em crise, servidores com mais de oito meses de salários atrasados, famílias em desespero, e o PDV – Programa de Desligamento Voluntário –, que esvaziou o quadro de servidores públicos”, afirmou.
“Com muita luta, Alagoas voltou novamente aos trilhos: colocamos os salários em dia, fizemos concursos públicos em diversas áreas e resgatamos a auto-estima dos funcionários públicos. Só na educação foram mais de 184 mil vagas criadas, escolas construídas e nomeação de professores aprovados em concurso de forma lícita”, enumerou, lembrando ainda a reconstrução de rodovias, construção e ampliação de adutoras em diversos municípios, além do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares e do Centro de Convenções, equipamentos imprescindíveis para o aquecimento do turismo.
“Em menos de quatro anos esse governo conseguiu destruir tudo o que eu havia iniciado. A saúde está um caos, e os profissionais estão indo embora por falta de condições de trabalho; na segurança pública, os policiais estão sendo submetidos a escalas desumanas de trabalho, com salários vergonhosos; a isonomia salarial por mim concedida foi retirada no início do governo e os salários dos servidores são os mesmos de 2006; nenhuma escola foi construída na atual gestão”, alfinetou.
Ao final da conversa, Lessa fez uma menção especial à senhora Francisca Cavalcante dos Santos, esposa do pastor-presidente da Assembleia de Deus, João Antonio dos Santos, que coordenou o trabalho de arrecadação de donativos às vítimas das últimas enchentes que trouxeram morte e destruição a diversos municípios alagoanos.
Missão - Já no encontro com os pastores evangelizadores de cinco congregações de Maceió, Lessa destacou as conquistas obtidas no governo Lula para justificar sua volta à disputa pelo governo do Estado e do papel fundamental a ser desenvolvido pelo senador Renan na recondução do estado ao caminho do desenvolvimento. “O povo adquiriu mais cidadania; o salário mínimo foi valorizado e Lula provou a capacidade de crescimento desse país. Eu resisti o quando pude, mas assumi mais esse desafio com a missão de fazer uma Alagoas melhor, para compensar o que os alagoanos perderam e resgatar o que não foi feito”, finalizou. (28/07/2010)